A palavra carnaval, do italiano carnevale, designa um período de festa profana do mundo medieval. A festa iniciava no dia de reis (epifania) e se estendia até a quarta-feira de cinzas. Neste dia se comemoravam os jejuns quaresmais, oriundos de ritos e costumes pagãos, como as festas dionisíacas, as saturnais e as luperciais.O carnaval se caracterizava pela alegria instada pelos prazeres da carne. Os dias anteriores à quarta-feira de cinzas eram dedicados a diferentes sortes de diversões, como folia, folguedos e erotismo com disfarces e máscaras. No Brasil, ano após ano, esta prática acontece. Aliás, acontece em variadas épocas do ano, porque existem as micaretas em várias regiões do país. Carnaval, portanto, se expressa em três realidades:Primeira: Era uma forma de tributar honras aos deuses pagãos, através de danças e exibição da carne. Como houvera com Diana, Afrodite, Eros na Grécia, Baco em Roma. E, no Brasil, pode-se dizer, em honra a Momo.Segunda: Carnaval é uma festa que dá expansão à carne ou que expressa os desejos da carne. Disse Paulo: “Andem em espírito e não cumpram a concupiscência da carne” (Gl 5.16). Vale dizer: o que se faz na carne, ceifa-se na carne. Jesus advertiu sobre este fato em João 6.63: “O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que vos tenho dito são espírito e são vida”.Terceira: Os prejuízos trazidos pelo carnaval são reais e irreparáveis. Paul Tillich, em seu livro Teologia Sistemática, diz que emoções não curadas geram dois tipos de ansiedade: ansiedade do vazio e do medo e ansiedade da solidão e da culpa. A premissa de que durante o carnaval aumenta-se a auto-estima, o humor e a alegria é uma utopia e não realidade. Neste período, o desgaste físico-emocional, psicológico e financeiro aparece em ordem crescente. Dados estatísticos também relatam crescimento na criminalidade em suas variadas dimensões: roubo, prostituição infantil, homicídios, morte no trânsito, suicídios, elevado índice de consumo de bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas. Bem disse Jesus: “Larga é a porta que leva muitos à perdição” (Mt 7.13). De onde se conclui que a alegria, a euforia esquematizada, tão propagada pela mídia, resulta em lamentações e grande frustração. Como afirma o profeta Jeremias, em Lamentações 5.15: “Dos nossos corações fugiu a alegria; nossas danças se transformaram em lamentos”...
NATANAEL MENEZES CRUZ
Pastor da PIB em Jaboatão dos Guararapes (PE)
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